sexta-feira, 28 de março de 2008

O que leva uma pessoa a se tornar um herói?



Será que é a vontade repentina de mudar o mundo ou tudo já é pré-destinado?
Hércules já nasceu como herói. Filho de Zeus com uma humana. Resultado: Um semi-deus com força suficiente para levantar uma casa inteira! Mas olha o coitado do homem-aranha! Um mero adolescente de classe media, estudante e que, para se tornar um herói teve que levar uma picada de aranha!
Bom, nascido como herói ou não, eles apresentam praticamente a mesma função. Proteger o povo. Mostrar pra todo mundo que a segurança pública é um cocô.
Mas é lógico há exceções... Os heróis norte-americanos, por exemplo, sempre são uniformizados com as cores da bandeira dos E.U.A... então, eu acho que eles devem receber proventos do governo para se sustentar... e fazem parte, assim como os tão famosos agentes do FBI, da estrutura de segurança do país.
Alguns heróis trabalham em grupo, como os tartarugas-ninja e as meninas super-poderosas. Outros preferem trabalhar sozinhos, como o super-homem. Essa última classe, a dos solitários, tem um grupo de lazer chamado Liga da Justiça que se reúne de vez em quando para um churrasquinho no terraço do Empire State... Antigamente, as festinhas da Liga costumavam ser no World Trade Center, mas como houve o atentado e, coincidentemente, todos os heróis americanos estavam de folga, eles perderam o melhor lugar de Manhattan para uma confraternização. E por falar em atentado, eu descobri que esse é o único mal que os heróis não conseguem vencer.
Eles param meteoros, ondas gigantes, queimadas, tiram gatinhos das árvores, poupam a cidade da ânsia de destruição dos monstros gigantes, mas nunca os vi defender a nação do tão assustador terrorismo!
Aqui no Brasil, estamos precisando de heróis... Eles estão em falta. Na verdade eu não conheço nenhum herói brasileiro... Ai meu Deus! até fiquei com a consciência pesada agora... não! tem que ter algum! Será que o Louro José pode ser considerado como tal? Não... Acho que não...
Como? O Chapolin Colorado? nãão!! Quando eu era pequeno eu até achava que ele era brasileiro também. Mas é mexicano!
Que triste, não temos heróis pra proteger a nossa Amazônia, o nosso Velho Chico, a nossa Mata Atlântica... ( Eu espero que Lula tenha o número do capitão Planeta.) ainda bem que não temos vulcões! E até um dia desses eu achava que também não tínhamos furacões... até o Catarina aparecer!
Precisamos de tantos heróis... Pra pegar a corrupção de jeito! Acabar com as verdadeiras guerras nas favelas...

...Mas o Zé Carioca só quer saber de samba! E ele também não é herói.

Cazuza cantou, "Meus heróis morreram de overdose e os meus inimigos estão no poder..."
Mas se os nossos super-homens morreram todos “emaconhados”, isso significa que eles não eram tão éticos quanto nós achávamos que fossem.
Não temos heróis! Temos corruptos no poder. Na nossa realidade não há espaço para ficção, no máximo deixamos uma brecha para o senso de humor.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Metamorfoses Ambulantes



O eu que sai hoje pela porta da frente certamente não é o mesmo de ontem.
Mudo constantemente e, na maioria das vezes, não faço o menor esforço para
que isso aconteça. É como se fosse uma espécie de adaptação involuntária... tipo o arrepiar dos pêlos para equilibrar a temperatura interna do corpo.
Quando me dou por conta, estou com os pêlos do braço de pé.
Quando me dou por conta, já mudei.
E é assim com roupa, estilo de música, religião e com comida, é lógico.
Já passei por muitas fases. De Sandy e Júnior a Janis Joplin, do cabelo V.O. ao curto repicado, das papetes do Seninha ao tão famoso All Star. Não me vi obrigado a mudar em momento algum... é como se o meu subconsciente agisse em função da minha satisfação.

Mas nem sempre mudar é tão fácil e instintivo. Às vezes a mudança é uma decisão. Eu escolho mudar. E quem um dia disse que as escolhas são fáceis de serem feitas estava redondamente enganado... Decidir mudar é tão difícil quanto se livrar de um sestro.
E será que vale a pena?
Acredito que toda forma de mudança, ou quase toda, é uma forma de adaptação... não de você para com os outros, não... a partir do momento que você decide mudar, faz isso para si próprio.
Somos todos metamorfoses ambulantes, como na música.
Vivemos num processo de adaptação com o nosso próprio eu.