quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Até que a morte nos separe.



Terminei um relacionamento há pouco tempo e fiquei pensando em como seria ser solteiro de
novo depois de um ano e três meses.
Bom, eu achei que essa pergunta seria respondida pelo tempo, que o cotidiano ia se incumbir de me encaixar em
certas situações que me fariam perceber que eu estava realmente solteiro. Não demorou muito.
Eu estava andando na rua até que encontrei uma pessoa que me perguntou: "Oi! tudo bem? E a namorada, como vai?"
Eu já ia usando, mecanicamente, a resposta costumeira que sempre usava nessas situações, até que me dei
por conta que muita coisa já havia mudado e que muitas outras precisavam mudar... a começar pelas respostas.
O que responder? Não queria dizer que tinha terminado o namoro porque sei que isso estenderia o diálogo e estava certo de que
ambos estavam com pressa. Eu sabia que a resposta que deveria ser dada naquele momento tinha
que ser curta e superficial. Engraçado... quando as pessoas te encontram na rua e te perguntam como você vai, elas não esperam que você diga como realmente se sente, mas querem apenas
ouvir um "eu vou bem!". É como se fosse uma espécie de etiqueta do diálogo casual. Nesse caso, a resposta cabível seria
"Oi! Eu tô ótimo e a namorada vai bem!".
Encurtaria a conversa, evitaria perguntas chatas... mas sabia que se assim fizesse estaria mentindo!



Oi! Eu tô ótimo e a namorada vai bem!


É muito difícil se livrar do costume...

A verdade é que sempre estamos presos a alguma coisa.
Namorando lembranças, pessoas, costumes, vícios...
Nunca estamos completamente solteiros. Às vezes conseguimos nos divorciar de algumas coisas com facilidade,
outras vezes brigamos, damos um tempo, e logo depois estamos aos beijos novamente... os roedores de unhas que o digam!
Mas é óbvio que só somos assim, desinsolteirados, porque queremos ser... precisamos desses namoros e casamentos
que vamos arranjando com o decorrer do tempo para formar a nossa personalidade.
Tenho uma amiga que é casada com música japonesa. Elas possuem um relacionamento bem sólido! Já tiveram até filhos! Acho até que posso me considerar um deles...
E por falar em mim... sabe... sou casado também. E tenho vários casamentos sólidos!
Arriscaria dizer que tenho uma vida poligâmica harmoniosa! E tem mais! Sou casado, mas não parei de namorar não.
Invisto em novas relações, descubro novos gostos... há um tempo atrás, por exemplo, eu detestava aipim. Só de pensar naquela raíz
nojenta sentia náuseas! Mas aos poucos ele foi se apresentando pra mim e hoje somos casados e não vivemos um sem o outro.
Não vivo sem os meus amores! Eles esculpem o meu ego.



Oi! Eu tô mais ou menos.. e a namorada... na verdade não tenho mais namorada. Nós terminamos.

5 comentários:

Suel Vasconcelos disse...

Ainda tô lendo e relendo tentando entender melhor!
^__^

uahuahuhahaa
Papagaiooo!

VSam disse...

Suel é burro, meww! aUHAhuAHUahuAHUahuAHUahuA Uma anta quadrada ao quadrado.

Mas well... Acontece.

Se a vida não fosse um ciclo sem fim seria tãããão chata. E eu também tenho uma vida poligâmica harmoniosa... Ou nem tanto... Emille que o diga.

BEIGOSDELINGUABEMMOLEADOSESUCULEMTOS

Suel Vasconcelos disse...

Qeremo poxti nooooov!

VSam disse...

Fale por si 8D

Unknown disse...

Poww..

muito bom Jeoh..
tah no caminho certo..
me convida pro lançamento do livro viu..?

abraço man.